All for Joomla All for Webmasters

Política

O artista e ativista Sol Lacerda, 24, será o Coordenador de Articulação Política do Selo Akoma Ntoso no município da região metropolitana
Ribeirão das Neves, cidade na região metropolitana de Belo Horizonte, está entre os 10 municípios mais populosos do estado de Minas Gerais. Das mais 300 mil pessoas que residem na cidade, 75% se declaram negras, segundo o Censo 2022, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De modo a atender os anseios, necessidades e lutas desse grupo majoritário da população, o município passa a contar, a partir de agosto, com uma nova liderança política antirracista: o artista, ativista e pesquisador Sol Lacerda, 24, será o Coordenador de Articulação Política do Selo Akoma Ntoso em Ribeirão das Neves e fortalecerá a conexão do Frente Negra Neves (umas das 12 frentes negras do estado de Minas Gerais, proveniente do Selo Akoma) com o território.

Nascido em Belo Horizonte e criado em Ribeirão das Neves, Sol atualmente mora e trabalha na cidade. Ele atua na militância há cerca de oito anos, tendo iniciado as atividades no Rap do Parque (evento que celebra a cultura hip-hop na cidade) e também na Escola Estadual José Bonifácio Nogueira, localizada no bairro São Pedro, onde estudou. Ali, Sol atuou no movimento LGBT, debatendo questões relacionadas à comunidade tanto no ambiente escolar quanto fora dele. Fez parte também do NUPEAAS (Núcleo de Pesquisa de Estudos Africanos, Afro-Brasileiros e da Diáspora), grupo de pesquisa da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG), com foco nos movimentos negros de resistência em Ribeirão das Neves.
O ativista conta que sua relação com o Selo Akoma Ntoso vem da participação nas três edições do Sarau Antirracista (Re)Existo, realizadas desde maio de 2025, com idealização da socióloga, escritora e professora Andréia Antônia, e fruto da parceria entre a Frente Negra Neves e o Selo. “Pretendo continuar participando ativamente de diversos movimentos, especialmente os promovidos pela Frente Neves, e estar presente nos saraus, eventos pelos quais nutro grande apreço, pois, sendo poeta e artista, encontrei ali um espaço para expressar minha arte”, ressalta Sol.
Depois da confluência artística, veio o desejo de integrar o Selo Akoma Ntoso enquanto militante. “A motivação para me candidatar à vaga de Coordenador de Articulação Política foi a oportunidade de contribuir não apenas para o movimento, mas para a comunidade como um todo, através da política. Desejo aprimorar não só minha experiência pessoal, mas também a vivência das pessoas ao meu redor, articulando politicamente questões que, muitas vezes, não conseguimos abordar de outras formas, e que outras pessoas também não têm a chance de discutir”, destaca.
Como Coordenador de Articulação Política do Selo Akoma Ntoso em Ribeirão das Neves, Sol Lacerda será responsável por construir pontes entre o movimento e o poder público, articular medidas para a população negra, mobilizar territórios e representar o Selo em agendas e espaços estratégicos. A psicóloga e ativista Sílvia Letícia, idealizadora e diretora do Selo Akoma Ntoso, resume a função e saúda a chegada da nova liderança: “Basicamente, o Coordenador de Articulação Política é quem transforma as denúncias, manifestações e reivindicações da população negra local em incidência política sobre as instituições. Então estamos muito felizes e honrados de ter conosco uma voz tão potente e aguerrida na luta por direitos aqui na cidade”, celebra.
Sol Lacerda pontua que as principais demandas de Ribeirão das Neves englobam diversas questões relacionadas à população negra e ao combate ao racismo, além de problemas que atingem toda a população, mas afetam de forma mais intensa essa parcela dos moradores, como educação, saúde, cultura, território e acesso a direitos. “Mas, embora haja muitos pontos relevantes, destaco a questão territorial. Observo que muitos movimentos em Ribeirão das Neves carecem de espaço. Apesar dos avanços recentes na ocupação, considero que ainda há carência de locais e de maior aceitação, tanto por parte da comunidade quanto pela segurança pública e pela prefeitura. Acredito que essa demanda, embora não seja a mais urgente, é aquela que podemos trabalhar com mais facilidade em curto prazo. Como Coordenador de Articulação Política em Ribeirão das Neves, pretendo, através do Selo Akoma Ntoso, ser uma voz dos movimentos culturais e movimentos negros na cidade e fazer com que a atuação política flua de maneira mais agradável e benéfica para nós, pessoas negras e moradores de Ribeirão das Neves. Em resumo, meu objetivo é buscar, para o nosso povo, maior visibilidade, acesso e, acima de tudo, ocupação de espaços na cidade”, adianta Sol.

0
0
0
s2smodern

Ação foi ajuizada nesta segunda-feira (1º) e aponta favorecimento a empresários que apoiaram campanha eleitoral. Contrato irregular desviou recursos da saúde e educação.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou com uma ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de Ribeirão das Neves, Junynho Martins, e outros sete envolvidos por uma suposta contratação ilegal realizada em 2017. O MP alegou que os suspeitos causaram um prejuízo de R$ 3,7 milhões aos cofres públicos.

A ação foi ajuizada nesta segunda-feira (1º), na segunda Promotoria de Justiça da cidade, com apoio do Grupo Especial de Defesa da Probidade Administrativa e do Patrimônio Público (GEPP).

Segundo a denúncia, logo no início da gestão 2017-2020, os suspeitos aderiram de forma irregular a uma Ata de Registro de Preços do município de Contagem, e dispensou de forma ilegal o processo de licitação.

Segundo o Ministério Público, antes mesmo de a empresa confirmar oficialmente que aceitaria o contrato, o ex-prefeito já tinha assinado um decreto para liberar recurso extra e garantir que a contratação fosse feita. Os recursos utilizados eram originalmente destinados à manutenção de áreas essenciais como saúde e educação.

O g1 procurou a defesa do ex-prefeito, mas não houve retorno até o final desta reportagem.

Campanha
Na ação, os investigadores apontaram que o grupo beneficiava empresários que financiaram a campanha eleitoral do então prefeito, e que já existia uma relação pessoal entre os sócios da empresa contratada e o secretário municipal que solicitou a adesão.

“A realização do processo administrativo de adesão serviu como mera formalização da contratação já pactuada antes mesmo do início da gestão”, diz trecho da ação.

Durante a execução do contrato, foi identificado um superfaturamento de R$ 1,2 milhão, com pagamentos por serviços que não estavam previstos no contrato firmado com o município.

O Ministério Público pede a condenação dos envolvidos por atos de improbidade administrativa, a nulidade dos contratos e o ressarcimento integral do dano ao erário, de mais de R$ 3 milhões.
Entramos em contato com a assessoria do ex-prefeito, porém ainda não tivemos retorno.

Com informações do G1

0
0
0
s2smodern

O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (25), uma proposta de lei que eleva o número de vagas para deputados federais de 513 para 531. A medida, que agora retorna à Câmara dos Deputados para nova análise, busca ajustar a representatividade dos estados com base nos dados populacionais mais recentes do Censo, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023. O prazo final para a sanção da proposta é 30 de junho.
Para Minas Gerais, a proposta significa a adição de um novo parlamentar à sua Assembleia Legislativa. Essa mudança pode gerar um aumento de despesas de aproximadamente R$ 2.733.766,80 anuais para o estado. Esse valor cobre os gastos com o salário do novo deputado, cota parlamentar e verba de gabinete.
A proposta inicial previa um impacto financeiro significativo, mas o Senado acatou uma emenda que veda a criação de novas despesas para custear cotas parlamentares, passagens aéreas e verba de gabinete das 18 novas vagas. Contudo, a estimativa de despesa com os salários desses novos parlamentares é de R$ 10 milhões anuais.
A Constituição Federal estabelece que o número de deputados estaduais está diretamente relacionado à bancada federal de cada estado. Com o possível aumento de vagas na Câmara dos Deputados, 30 novas vagas serão criadas em Assembleias Legislativas estaduais em todo o país.
Apesar de ser apenas uma vaga, o impacto financeiro em Minas Gerais é um dos mais altos entre os estados que ganharão um único parlamentar. Isso se deve, principalmente, aos valores destinados a verbas de gabinete, que compõem a maior parte das despesas adicionais.
A necessidade de atualização do número de deputados federais surge de uma decisão do STF em 2023, que determinou que a representação na Câmara deve ser proporcional à população de cada estado, com base nos dados do Censo. Desde 1994, essa proporção não foi atualizada.
O projeto aprovado no Senado, que agora volta à Câmara, busca evitar que estados percam cadeiras, como ocorreria em uma simples redistribuição das 513 vagas existentes. No entanto, a medida gerou debates e críticas. Senadores como Eduardo Girão (Novo-CE) e Cleitinho (Republicanos-MG) argumentaram que a proposta não segue o pedido original do STF, que era a redistribuição das vagas já existentes, e que o aumento de despesas não é bem-visto pela população.
Caso a proposta não seja sancionada até 30 de junho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será o responsável por definir o número de deputados por estado, o que poderia levar à perda de cadeiras para alguns estados.

0
0
0
s2smodern

O ex-prefeito de Ribeirão das Neves, Junynho Martins, foi oficialmente nomeado nesta segunda-feira (16) como Secretário Executivo da Casa Civil do Estado de Minas Gerais. A nomeação acontece após atuar como subsecretário desde janeiro deste ano no governo estadual.

A Secretaria Executiva da Casa Civil é considerada uma das funções de maior responsabilidade na estrutura administrativa do Estado. Ela desempenha um papel crucial na coordenação política e administrativa do governo, atuando como elo direto entre o Gabinete do Governador, as demais secretarias, a Assembleia Legislativa e os diversos órgãos públicos estaduais.

A principal missão do secretário executivo é estratégica: assegurar que as decisões do governo sejam bem articuladas, com sólido embasamento jurídico e viabilidade política. Além disso, o titular da pasta é responsável por acompanhar de perto os projetos prioritários da administração e a agenda legislativa.

0
0
0
s2smodern

Norma publicada no Diário Oficial vincula Estado às regras do programa de refinanciamento da dívida com a União

Já está em vigor a Lei nº 25.282, de 2025, que autoriza o Poder Executivo de Minas Gerais a efetivar a adesão do Estado ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). A norma foi publicada em Edição Extra do Diário Oficial de Minas Gerais nessa quinta-feira (6/6/25).

Com a publicação, dá-se início a uma nova etapa no refinanciamento da dívida mineira com a União. A Lei 25.282, além de autorizar a adesão de Minas Gerais ao Propag, encerra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), a partir da vinculação do Estado às regras estabelecidas pela Lei Complementar Federal 212, de 2025.

A norma recém-sancionada se originou do Projeto de Lei (PL) 3.3731/25, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no dia 29 de maio. Durante sua tramitação, parlamentares da base e da oposição aprimoraram o projeto, com o intuito de fortalecer a fiscalização do Parlamento mineiro sobre as ações e resultados do Propag em relação às políticas públicas do Estado.

O principal aperfeiçoamento trazido pelos parlamentares foi a criação de um comitê interinstitucional de acompanhamento da execução do contrato de adesão ao Propag, composto pelos Poderes do Estado. Seus membros teriam mandatos de três anos, vedada a recondução e sem remuneração ou gratificação adicional. A instituição formal do comitê se daria através de decreto, após 30 dias da assinatura de adesão ao Propag.

Outro dispositivo inserido pelos parlamentares determina que o Poder Executivo deverá enviar à ALMG, em até 30 dias após ser solicitado, relatório contendo todas as informações sobre o pedido de adesão ao Propag e o encerramento do RRF.

Pagamento da dívida em 30 anos
Atualmente, a dívida do Estado com a União supera os R$ 160 bilhões. O Propag propõe o refinanciamento com prazo de 30 anos e a possibilidade de amortização do saldo devedor mediante o repasse à União de ativos como imóveis, participações societárias em empresas estatais e direitos creditórios. Diversos projetos de lei tramitam na ALMG para efetivar esses repasses.

O contrato de adesão prevê que, quanto maior a amortização no primeiro ano, menor será a taxa de juros aplicada ao restante da dívida. Se o valor pago até o final de 2025 atingir 20% do total devido, a taxa de juros reais pode chegar a zero por cento ao ano. Para atingir esse patamar, Minas Gerais precisaria oferecer R$ 34 bilhões à União até dezembro.

Contrapartidas de investimento
Para atingir a taxa de juros zero, além do abatimento de 20% do saldo devedor, são exigidas outras contrapartidas do Estado. Uma delas é o aporte de recursos no Fundo de Equalização Federativa (FEF) de pelo menos 1% do saldo devedor. Os recursos do FEF serão distribuídos a todos os Estados e poderão financiar investimentos em áreas como educação, segurança pública e infraestrutura.

Outra contrapartida é o investimento de 1% do saldo devedor em educação (ensino técnico profissionalizante, universalização do ensino infantil e escola em tempo integral) e outras áreas consideradas estratégicas, como adaptação às mudanças climáticas, saneamento, habitação, transportes e segurança pública.

Teto de gastos
O Propag estabelece ainda um teto de gastos, caso o Estado não limite o crescimento de suas despesas primárias à variação da inflação medida pelo IPCA, no prazo de 12 meses a partir da assinatura do contrato de adesão.

A vinculação do Estado a essa regra é objeto do Projeto de Lei Complementar (PLC) 71/25. Inicialmente, o teto de gastos estava previsto no PL 3.371/25. Porém, por recomendação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a proposição foi desmembrada no PLC.

A regra do teto de gastos prevê também que, se houver crescimento da receita, mas com resultado primário nulo ou negativo, as despesas poderão ter um aumento de 50% do índice inflacionário. Esse percentual passa para 70%, no caso de resultado primário positivo.

Algumas despesas, contudo, ficam excluídas desse teto de gastos, como as despesas constitucionais com saúde e educação e as transferências do Estado para os municípios.

Com informações da https://www.almg.gov.br/

0
0
0
s2smodern

O Governo de Minas Gerais divulgou uma lista preliminar de mais de 340 imóveis em todo o estado que poderão ser negociados com a União para abater parte da dívida estadual de R$ 165 bilhões, no âmbito do Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag). Embora a capital Belo Horizonte concentre a maior parte dos bens listados (62 imóveis), a relação inclui também propriedades localizadas em Ribeirão das Neves.
A lista, encaminhada à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) após cobranças por parte do presidente da Casa e da Comissão de Constituição e Justiça, detalha o endereço, registro e metragem dos imóveis. A seleção dos bens levou em consideração critérios como valor estimado ou registrado superior a R$ 5 milhões ou área igual ou superior a dez hectares, preferência por imóveis sem uso finalístico, desocupados ou subutilizados, e viabilidade para regularização e transferência.
É importante ressaltar que a inclusão de um imóvel nesta lista não garante sua transferência imediata, pois o processo exige o cumprimento de requisitos documentais e cadastrais, como matrícula regular e avaliações técnicas. Além disso, a proposta de transferência precisa ser aceita pela União, o que pode envolver realocações de órgãos e serviços.
A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), responsável pela elaboração da lista, enfatiza que ela é provisória e dinâmica, podendo sofrer alterações conforme as negociações com a União avancem. Imóveis de interesse público ou comunitário podem ser retirados da oferta após diálogo com a comunidade local. Os valores reais e atualizados dos imóveis serão definidos a partir de avaliações a serem realizadas ao longo deste ano.
Para os munícipes de Ribeirão das Neves, a possível transferência desses imóveis estaduais para a União representa uma mudança na administração e destinação dessas propriedades. A flexibilidade na negociação, conforme solicitado pelo governo à ALMG, visa garantir que o Estado possa aproveitar as oportunidades de reestruturação fiscal.
A lista do documento apresenta, entre outros, 3 imóveis em Ribeirão das Neves confira:
Um terreno localizado na Rodovia BR 040, Bairro Freitas, com área equivalente a 528,000 m²
Terreno localizado na Rua Costa Rica no Conjunto Henrique Sapori com área de 10530 m²
E a “Fazenda da Mata” na Rodovia 40 km a 509 N/A com área de 1411773.87 m²

O processo de negociação e a destinação final desses imóveis serão acompanhados pelos órgãos competentes.

0
0
0
s2smodern

Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista do RibeiraoDasNeves.net.

bg contorno