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Por Tiago Henrique, Educador Popular, presidente da Associação Nevense de Educação e Cultura.

Recentemente o tema liberdade de expressão e regulamentação das redes sociais ganhou o debate público, as implicações desse debate ecoam em todas as esferas de nossa vida para públicos diversos de diferentes idades.

No Brasil, as escolas deveriam ser espaços de aprendizado, crescimento pessoal e convivência harmoniosa. No entanto, uma realidade sombria se instala em muitas instituições de ensino, onde o cyberbullying e a falta de efetividade na abordagem educacional contribuem para um ambiente tóxico e prejudicial ao desenvolvimento dos alunos, processo que afeta e muito inclusive o corpo docente e profissionais da educação como um todo.

Há muitos anos o bullying é tema de inúmeras discussões do ponto de vista do ambiente escolar, inúmeras campanhas e ações já foram pensadas e desenvolvidas para tratar deste tema, infelizmente com o passar dos anos esta forma de violência se aperfeiçoou e chegou ao ambiente virtual, o cyberbullying, uma forma de intimidação e agressão virtual, tem se infiltrado nos corredores digitais das escolas, afetando a vida de muitos jovens. As vítimas de cyberbullying enfrentam um assédio constante, muitas vezes sem escapatória, mesmo fora dos portões da escola.

Com o passar dos anos as redes sociais que foram idealizadas para ampliar a possibilidade de conexão entre as pessoas, muito em função de comercialização de produtos, se tornaram um espaço seguro para pessoas mal intencionadas se esconderem e destilaram discurso de ódio, afinal os algoritmos gostam do engajamento seja ele ético ou não.

O desafio da educação para formar homens e mulheres responsáveis e éticos esbarra em um sistema precarizado com muitas dificuldades em lidar com questões como o cyberbullying. A falta de programas educacionais estruturados para abordar temas como respeito, empatia e diversidade deixa os alunos desamparados diante da violência virtual.

Muito em função desta precariedade, em janeiro deste ano (2024) o Congresso Nacional aprovou e o presidente Lula sancionou uma nova lei que estabelece penas mais rígidas para crimes cometidos contra crianças e adolescentes. A legislação aumenta as punições para homicídios, indução ou auxílio ao suicídio, e outros crimes, especialmente quando ocorrem em ambiente escolar ou envolvem o uso da internet. Além disso, os crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) agora são considerados hediondos, o que impede o pagamento de fiança, perdão da pena ou liberdade provisória, e torna a progressão de pena mais lenta. A nova lei também inclui na lista de crimes hediondos a indução ou auxílio a suicídio ou automutilação pela internet, sequestro e cárcere privado contra menores de 18 anos, e tráfico de pessoas contra crianças ou adolescentes.

Existe uma certa relativização dos danos que o bullying causa e é muito comum ouvirmos principalmente entre pessoas mais velhas que o combate a tais práticas é um certo tipo de ‘’mimimi da nova geração que não aguenta uma piadinha’’, no entanto a muitos anos assistimos casos de massacres bárbaros acontecem em escolas principalmente nos estados unidos, até que recentemente casos assustadores chegaram às escolas brasileiras em todas as regiões do país, não pensar e tratar o problema de forma responsável criou ambientes inseguros e ainda enfrentamos inúmeros desafios.

Agimos de forma reativa e medidas como a inserção e tipificação criminal que não resolvem o problema, mas são a resposta imediata que as autoridades dão aos problemas, expõem a fragilidade e complexidade do tema.

Para debater o assunto trago o caso de uma menor PCD com deficiência motora e cognitiva que sofreu vários ataques em um grupo de alunos de uma escola da rede estadual da cidade de Ribeirão das Neves MG, várias ameaças de sequestro, incitação ao suicidio foram seguidas de apologia ao nazismo, a família só tomou conhecimento do caso muito tempo depois após a denúncia de um colega de turma que também sofria tais violências, foi assim que a escola e a delegacia de proteção a mulher foi acionada com isso um processo foi instaurado e um dos encaminhamentos será a punição dos agressores, esse caso nos mostra que as autoridades não estão de olhos fechados, mas só a reivindicação da família garantiu a proteção de direitos desta jovem e de seus colegas, não temos uma forma imediata de extirpar crimes de ódio mas é importante que os jovens que antes se sentiam seguros para tais práticas saibam que hoje podem ser presos e ter sua própria vida destruída por esse tipo de ação vergonhosa. - Sandra Costa advogada do caso.

A liberdade de expressão jamais deve ser confundida com liberdade para ferir quem quer que seja. A falta de políticas eficazes para combater o bullying, especialmente contra pessoas com deficiência (PCD) física e intelectual, negras, LGBTQIAP+ e outras minorias, reflete não apenas uma falha grave do sistema educacional, mas também uma falha gritante na formação do caráter dos nossos jovens, problema que diz respeito não só a educação, mas a todas as esferas que perpassam a vida de um cidadão.

É imperativo que as escolas adotem medidas concretas para enfrentar o cyberbullying e promover um ambiente inclusivo e seguro para todos os alunos. Isso inclui a implementação de programas de conscientização, a formação de professores para lidar com questões de diversidade e a criação de canais de denúncia seguros para as vítimas.

Além disso, é essencial que o currículo escolar incorpore temas como respeito à diversidade, empatia e cidadania desde os primeiros anos de ensino. Somente assim poderemos trazer luz a realidade caotica e violenta que alunos e educadores enfrentam todos os dias, é fundamental termos ambientes seguros ondes todos tenham o direito fundamental de aprender e crescer sem medo de serem alvos de discriminação ou violência.

É importante que todos saibam que as autoridades estão atentas às práticas criminosas dentro e fora do ambiente escolar, a democracia só é possível quando exercemos nossa liberdade com responsabilidade, isso garante uma sociedade melhor para todos e para quem acha que pode praticar violências sem qualquer consequência está aí a nova lei.

Caso você ou alguém que você conhece esteja sofrendo algum tipo de violência contate a direção da escola imediatamente, fale com familiares e amigos, a ouvidoria da secretaria de educação e 0800 283 6917, caso precise não exitem em contatar o CVV 188 lembre-se que você não está só!

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São 467 vagas, para 87 cargos, com salários de R$ 1.412,00 e R$ 19.227,21. Para médicos, o diferencial é trabalhar em um hospital que desenvolve pesquisas inéditas no País

O Hospital Risoleta Tolentino Neves está com inscrições abertas para processo seletivo, com 467 vagas em cargos de nível fundamental, médio, técnico e superior. São ofertadas vagas para pessoas com deficiência (PCD) e para cotas raciais, e os salários variam de R$ 1.412 e R$19.227,21.

As inscrições permanecem abertas até as 17h do dia 7 de maio e devem ser feitas por meio do site de Gestão de Concursos da Fundep. A taxa de inscrição para o nível fundamental é de R$40, para nível médio/técnico é de R$ 60, para nível superior é de R$ 100 e para médicos é de R$ 180.

O Hospital Risoleta Tolentino Neves é considerado referência para o atendimento de casos de alta complexidade, que se tornam pesquisas e artigos em publicações importantes, como é o caso do primeiro estudo em hospital público no Brasil de oxigenoterapia hiperbárica em pacientes covid-19 e a cirurgia de reconstrução de mandíbula utilizando um molde produzido a partir de uma impressora 3D, realizada pela primeira vez na capital mineira.

O concurso tem duas etapas de classificação. A primeira etapa, de prova objetiva – de caráter eliminatório e classificatório – tem previsão de realização no dia 16 de junho de 2024, em Belo Horizonte. A segunda etapa é a prova de títulos, de caráter classificatório. O processo seletivo tem validade de um ano, a partir da data da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado, uma vez, pelo mesmo período.

Vagas para diferentes níveis de escolaridade
São 467 vagas disponíveis, 15% delas reservadas para pessoas com deficiência e 20% destinadas a cotas raciais, além de vagas para cadastro de reserva (Cr). Em nível fundamental, há vagas para Eletricista (4) e Oficial de Manutenção Engenharia Hospitalar (5). Para o nível médio, há vagas de Assistente Administrativo (2), Assistente de Faturamento (2), Assistente de Pessoal (1), Auxiliar Administrativo (40), Auxiliar de Almoxarife (6), Auxiliar de Farmácia (5), Faturista (3), Serralheiro (1), Telefonista (2).

Para nível técnico, estão disponíveis vagas para Assistente de Sistemas (1), Instrumentador Cirúrgico (3), Projetista (Cr), Suporte de Redes e Sistemas (1), Suporte Técnico em TI (1), Técnico em Enfermagem (200), Técnico em Manutenção Eletrônica (3), Técnico em Manutenção Eletromecânica (1), Técnico em Nutrição e Dietética (2), Técnico em Patologia Clínica – Agência Transfusional (1), Técnico em Patologia Clínica – Análises Clínicas (7), Técnico em Segurança no Trabalho (1), Técnico em Enfermagem do Trabalho (Cr).

Para aqueles com formação superior, as opções incluem cargos como Administrador de Rede (Cr), Analista de Educação Permanente (Cr), Analista de Qualidade (1), Analista de Recursos Humanos (2), Analista de Sistemas (Cr), Arquiteto (1), Assistente de Comunicação (1), Assistente de Recursos Humanos (1), Assistente Social (7), Comprador (1), Desenvolvedor Full Stack (1), Designer (1), Engenheiro Civil (2), Engenheiro Eletricista (1), Analista de Laboratório – Agência Transfusional (Cr), Analista Núcleo de Segurança do Paciente (1), Cirurgião Dentista (1), Enfermeiro (10), Enfermeiro do Trabalho (1), Enfermeiro Maternidade (Cr), Enfermeiro Neonatologia (1), Enfermeiro Obstetra (Cr), Enfermeiro Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Scih) (Cr), Enfermeiro Terapia Intensiva (2), Fisioterapeuta Cardiovascular (1), Fisioterapeuta Neonatologia (Cr), Fisioterapeuta Neurologia (1), Fisioterapeuta Respiratório Adulto (3), Fonoaudiólogo (1), Fonoaudiólogo Neonatologia (2), Nutricionista Clínico (2), Nutricionista Materno-Infantil (1), Psicólogo (2), Terapeuta Ocupacional (2), Terapeuta Ocupacional Materno-Infantil (Cr).

Corpo clínico tem oportunidade de atuar em pesquisa
O HTRN, é gerido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e, por meio de sua estrutura fornece insumos para o desenvolvimento de iniciativas de ensino, pesquisa e extensão, sendo credenciado pelo Ministério da Saúde e Ministério da Educação. O atendimento realizado é 100% SUS, filantrópico, porta aberta 24 horas/dia, em diversas especialidades médicas.

O Hospital, referência para a Região Norte de Belo Horizonte e municípios do entorno (como Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, São José da Lapa, Vespasiano, entre outros), proporciona acolhimento a mais de 1,5 milhão de pessoas e, dessa forma, é também campo de atuação prática para alunos de cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação, além de residentes médicos e multiprofissionais junto a seus preceptores, contribuindo para a formação de cerca de 2 mil pessoas por ano e no desenvolvimento de pesquisas inéditas no campo da medicina.

Para médicos, no total são 127 vagas, com a seguinte formação: Médico Auditor (Cr), Médico Horizontal/Terapia Intensiva (Cr), Médico Plantonista/Emergencista (7), Médico Plantonista/Anestesiologista (15), Médico Plantonista/Cirurgião Geral (10), Médico Plantonista/Cirurgião Plástico (8), Médico Plantonista/Cirurgião Vascular (10), Médico Plantonista/Clínico – 120h (10), Médico Plantonista/Clínico – 60h (10), Médico Plantonista/Ecocardiografista (1), Médico Plantonista/Ecocardiografista Pediátrico (Cr), Médico Plantonista/Medicina Intensiva (12), Médico Plantonista/Endoscopista (1), Médico Plantonista/Medicina do Trabalho (1), Médico Plantonista/Nefrologista (1), Médico Plantonista/Neonatologista (3), Médico Plantonista/Neurocirurgião (5), Médico Plantonista/Neurologista (Cr), Médico Plantonista/Neurologista Pediatria (Cr), Médico Plantonista/Obstetra (5), Médico Plantonista/Oftalmologista (1), Médico Plantonista/Ortopedista (15), Médico Plantonista/Pediatra Maternidade (1), Médico Plantonista/Psiquiatra (Cr), Médico Plantonista/Radiologista (5), Médico Horizontal/Clínico (1) e Médico Plantonista/Ginecologista (5).

Processo seletivo HRTN
Inscrições: até 17h do dia 7 de maio

Vagas: 467 vagas

Formulário disponível no Portal de Concursos da Fundep

Valor: R$ 40 (nível fundamental); R$60 (nível médio/técnico); R$ 100 (nível superior) e R$180 (médicos).

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A escrevivência, metodologia de Conceição Evaristo foi usada, a metodologia fala de suas vivências e complexidades


A escritora nevense Andréia Antônia de Jesus, lança seu primeiro livro, intitulado “(R)Existo!: Ressignifico & Insisto, Redijo logo Existo, Existo & Resisto”, neste sábado, 6 de abril, na Casa Semifusa em Ribeirão das Neves.
Andréia é mãe, Cientista Social, empreendedora e atua como professora de Sociologia na rede pública estadual. Possui o hábito de escrever desde criança, na escola produziu dois livros não publicados, frutos de atividades da disciplina Língua Portuguesa. Mas foi em 2022, que ela se dedicou de forma intensa à escrita, e a trabalhos artesanais, e estes, se tornaram uma prática terapêutica. Andréia é também uma leitora voraz da temática racial e da educação antirracista.
A autora diz; “(R)Existo! é o resultado da minha “válvula de escape” ...escrever foi fundamental no meu tratamento contra a ansiedade e a depressão”. Andréia conta que utilizou a metodologia de Conceição Evaristo, a Escrevivência, para falar de suas vivências e complexidade. Com isso, podemos perceber o caráter genuíno do livro, o que o torna ainda mais interessante.
A escritora receberá seus convidados para um bate papo descontraído na Casa Semifusa, em Ribeirão das Neves/MG, sábado, 6 de abril de 2024, às 19 horas, com entrada franca.

Casa Semifusa

Rua Cataguases, nº 73, bairro Sevilha B, Ribeirão das Neves. 

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Governo mineiro defende novos centros para desativar unidades precárias em meio à queda de 50% na ocupação; leilão em abril prevê investimento de R$ 860 milhões em 30 anos

De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, dois centros para adolescentes que cumprirem medidas socioeducativas, em modelo inédito de gestão privada no país, vão sair do papel neste ano em Minas Gerais.
Idealizado no governo Bolsonaro (2018-2022), que não fez levantamento nacional das vagas do socioeducativo, o projeto coincide com a queda brusca no número de jovens em medidas de restrição e privação de liberdade.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) anunciou em dezembro, após seis anos sem dados, que caíram pela metade os adolescentes em regime fechado no país. São 11.556 internos em 2023 contra 24.803 em 2017.
Retrato antecipado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que indicou queda desde 2016. Em 2023, onze estados tinham superlotação, entre eles MG, com 110% da capacidade.
"É um fenômeno inédito e generalizado", diz Betina Barros, ex-pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. "Há hipóteses como a queda de roubos na pandemia, a proibição da superlotação no socioeducativo em 2023, a rede de proteção de organizações criminosas e a atuação da polícia."
É nesse cenário que a parceria público-privada (PPP) do governo Zema (Novo), batizada de novo socioeducativo, enfrenta oposição tanto do Ministério dos Direitos Humanos quanto do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente).
O piloto é uma parceria entre Governo Federal, Caixa Econômica Federal, Estado de Minas Gerais e Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (Unops). Recebeu R$ 67 milhões, junto a Santa Catarina, que vai construir um centro, em recursos recuperados pela Operação Lava Jato.
A licitação, com leilão em abril na B3, prevê R$ 860 milhões em investimentos privados em 30 anos de contrato, com 9,45% de retorno anual à empresa que levar a concorrência.
O leilão terá como critério o menor pagamento feito pelo Estado pelo serviço prestado. A contraprestação mensal máxima é de R$ 3,35 milhões, com receita anual de R$ 40,1 milhões para a vencedora.
"A PPP é uma proposta antiga que parte da falácia de que falta investimento estatal", diz Betina Barros. "Empresas estão interessadas nos financiamentos e em baratear a execução."
Segundo a socióloga, adolescentes vulneráveis são prioridade absoluta do Estado. "É complicado transferir as obrigações de proteção, educação e de restabelecer vínculos para o privado, são temas sensíveis."
O Conanda definiu o projeto como "ameaça aos direitos dos adolescentes", uma vez que "esforços deveriam ser direcionados à qualificação da execução de medidas em meio aberto, e não para expansão de unidades de internação."
Em julho de 2023, o MDHC afirmou que a adoção da gestão privada não é orientação do atual governo. "Os governos estaduais necessitam de parcerias para execução do sistema, mas a gestão deve ser direcionada pelo Estado por envolver privação da liberdade de adolescentes." A pasta afirmou que cumpriria as obrigações contratuais sem avançar no modelo.

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