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privatização

  • Governo de MG encaminha à Assembleia Legislativa novo texto de privatização da Copasa


    Segundo vice-governador, substitutivo tem o objetivo de deixar claro que privatização se dá exclusivamente para a adesão ao Propag.

    O governo de Minas encaminhou nesta terça-feira (9) para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o texto substitutivo ao projeto que prevê a privatização da Copasa, a Companhia de Saneamento do estado. A estimativa é que o valor da estatal seja de R$ 4 bilhões.

    A discussão faz parte da adesão de Minas ao Progag, programa para pagamento de dívida do estado com a União. Ainda não há data definida para o novo texto ser analisado pelo plenário da Assembleia. Ao todo, 14 projetos relacionados à proposta foram enviados pelo governo ao Legislativo: cinco já foram aprovados e outros nove estão em discussão.

    Nesta terça, o Comitê que discute o Propag se reuniu no Banco de Desenvolvimento de MG para debater o novo projeto.

    Segundo o vice-governador, Mateus Simões (Novo), que participou da reunião, a mudança trazida para o novo texto visa deixar claro que a privatização vai acontecer exclusivamente para a adesão ao Propag. Segundo ele, o projeto anterior era apenas uma autorização para venda da companhia.

    "Estamos [agora] fazendo um ajuste no projeto para que ele seja um projeto de privatização com reversão dos valores para o Propag, de forma que fique claro para os deputados que se eles aprovarem a privatização [...], todos os valores tenham que ser revertidos para liquidação do valor da dívida ou para o pagamento daquelas obrigações que nós vamos ter que passar a cumprir a partir de janeiro do ano que vem de investimentos obrigatórios", afirmou Simões.

    "Esta é a grande diferença: nós estamos mudando a destinação, ou carimbando a destinação do dinheiro da Copasa", declarou o vice-governador.

    Dívida estimada em R$ 165 bilhões
    A expectativa do governo é que a privatização da Copasa possa contribuir com o pagamento da dívida com a União, estimada em R$ 165 bilhões.

    O Propag prevê o parcelamento da dívida do estado em até 30 anos, com possibilidade de juros zerado dependendo da contrapartida que o estado oferecer à União.

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  • PEC que viabiliza venda da Copasa é aprovada em primeiro turno na madrugada


    Em uma sessão que se estendeu pela madrugada, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, de autoria do governador Romeu Zema (Novo). A medida é crucial para o Executivo, pois elimina a exigência de consulta popular (referendo) para a privatização da Copasa.

    O texto avançou com 52 votos favoráveis e 18 contrários, após quase 10 horas de intenso embate e manobras regimentais da bancada de oposição, que tentou adiar a votação.

    Tensão e Protestos no Plenário

    O plenário e as galerias da Assembleia foram tomados por servidores da Copasa e representantes de movimentos sociais que protestavam contra a proposta. Gritos de ordem como “Quem votar, não vai voltar” ecoaram das tribunas. A sessão, iniciada por volta das 18h, foi marcada por sucessivos requerimentos e pedidos de suspensão por parte da oposição, que buscava retardar o avanço do texto.

    Próximos Passos e Aceleração do Governo

    O projeto agora retorna à Comissão Especial para a elaboração de um novo parecer e será submetido à votação em segundo turno, para o qual é necessário o mesmo quórum qualificado (48 votos). O intervalo mínimo entre as votações é de três dias.

    A PEC 24/2023 é vista pelo Governo como a peça-chave para destravar a privatização da Copasa e viabilizar a adesão de Minas Gerais ao Programa de Pleno Pagamento de Débitos dos Estados (Propag), que visa renegociar parte da dívida estadual, estimada em R$ 172 bilhões.

    A oposição já anunciou que não descarta recorrer à Justiça, inclusive ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso a PEC avance para o segundo turno, alegando inconstitucionalidade na tentativa de retirar o direito de consulta popular.

    A proposta aprovada restringe-se às empresas de saneamento Copasa e sua subsidiária Copanor. A exigência de referendo popular para a desestatização de estatais mineiras havia sido incluída na Constituição estadual durante a gestão Itamar Franco, como reação às privatizações da década de 90.

    Deputados estaduais que votaram a favor da PEC do referendo:

    Adalclever Lopes (PSD)
    Adriano Alvarenga (PP)
    Alencar da Silveira Jr. (PDT)
    Amanda Teixeira Dias (PL)
    Antônio Carlos Arantes (PL)
    Arlen Santiago (Avante)
    Arnaldo Silva (União)
    Betinho Pinto Coelho (PV)
    Bim da Ambulância (Avante)
    Bosco (Cidadania)
    Bruno Engler (PL)
    Carlos Henrique (Republicanos)
    Carol Caram (Avante)
    Cássio Soares (PSD)
    Charles Santos (Republicanos)
    Chiara Biondini (PP)
    Coronel Henrique (PL)
    Delegada Sheila (PL)
    Delegado Christiano Xavier (PSD)
    Doorgal Andrada (PRD)
    Doutor Paulo (PRD)
    Doutor Wilson Batista (PSD)
    Dr. Mauricio (Novo)
    Duarte Bechir (PSD)
    Enes Cândido (Republicanos)
    Gil Pereira (PSD)
    Grego (PMN)
    Gustavo Santana (PL)
    Gustavo Valadares (PSD)
    Ione Pinheiro (União)
    João Magalhães (MDB)
    Leandro Genaro (PSD)
    Leonídio Bouças (PSDB)
    Lincoln Drummond (PL)
    Lud Falcão (Pode)
    Maria Clara Marra (PSDB)
    Marli Ribeiro (PL)
    Mauro Tramonte (Republicanos)
    Nayara Rocha (PP)
    Neilando Pimenta (PSB)
    Noraldino Júnior (PSC)
    Oscar Teixeira (PP)
    Professor Wendel Mesquita (Solidariedade)
    Rafael Martins (PSD)
    Raul Belém (Cidadania)
    Roberto Andrade (PRD)
    Rodrigo Lopes (União)
    Thiago Cota (PDT)
    Tito Torres (PSD)
    Vitorio Junior (PP)
    Zé Guilherme (PP)
    Zé Laviola (Novo)


    Deputados estaduais que votaram contra a PEC do referendo:

    Ana Paula Siqueira (Rede)
    Andréia de Jesus (PT)
    Beatriz Cerqueira (PT)
    Bella Gonçalves (Psol)
    Betão (PT)
    Celinho do Sinttrocel (PCdoB)
    Cristiano Silveira (PT)
    Doutor Jean Freire (PT)
    Eduardo Azevedo (PL)
    Hely Tarquínio (PV)
    Leleco Pimentel (PT)
    Leninha (PT)
    Lohanna (PV)
    Luizinho (PT)
    Marquinho Lemos (PT)
    Professor Cleiton (PV)
    Ricardo Campos (PT)
    Ulysses Gomes (PT)


    Deputados que não estavam presentes na votação:

    Caporezzo (PL)
    Elismar Prado (PSD)
    João Vítor Xavier (Cidadania - licenciado)
    Lucas Lasmar (Rede)
    Mário Henrique Caixa (PV)
    Sargento Rodrigues (PL)

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  • Proposta de privatização da Cemig e da Copasa chega à Assembleia, mas medida ainda dependeria de referendo


    Governador em exercício, Mateus Simões (Novo) protocolou, na quinta-feira (14 de novembro), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), as propostas para privatizar a Cemig e a Copasa. Candidato de Romeu Zema (Novo) ao governo de Minas Gerais em 2026, o vice-governador, que está à frente do Estado enquanto o governador está em missão oficial na China, no Azerbaijão e em Portugal, levou os projetos de lei pessoalmente à ALMG.
    O Estado de Minas Gerais tem 17,04% das ações totais da Cemig e 50,03% da Copasa. Simões estima que, juntas, as estatais valham cerca de R$ 15 bilhões. “A Cemig vale mais do que a Copasa, apesar da nossa participação na Cemig ser muito menor do que na Copasa. (...) O valor é relevante, mas não é o mais importante”, avalia o governador em exercício, que foi acompanhado pelo secretário de Governo, Gustavo Valadares.

    A proposta de privatização da Cemig prevê a adoção da corporation, em que a empresa de geração, transmissão e distribuição de energia não teria um controlador. Entretanto, de acordo com Simões, o Estado manteria os 17,04% e teria poder de veto em decisões estratégicas. “A gente está mantendo com o Poder Público sede, nome, decisão sobre investimentos estratégicos, aprovação dos planos de investimentos plurianuais etc.”, cita ele.

    Segundo Simões, os recursos da venda da Cemig seriam revertidos em investimentos na própria estatal. “A nossa ideia para a Cemig, inclusive, nem leva nenhum tipo de embolso para o Estado. A gente perde um pouco de participação (na gestão), porque ela ficaria um pouco maior, mas com condição de levar energia de qualidade para todos”, argumenta o governador em exercício.
    Ao contrário da Cemig, a privatização da Copasa não manteria ação alguma sob o controle do Estado. "A gente acha que é importante e possível, sim, fazer a venda (da Copasa), apurar recursos, que vão ser divididos em parte com os municípios que são os detentores das outorgas de prestação de serviço público, mas é porque, no caso do saneamento, a gente precisa de muito investimento", defende ele.

    Apesar de o governo Zema ter enfrentado dificuldades com a privatização da Codemig, cuja proposta, que foi enviada em 2019, sequer foi votada, Simões projeta que a ALMG aprove a desestatização de Cemig e Copasa até o início de 2025. “Tenho a expectativa que a gente possa colocar os leilões na rua ainda ano que vem, na segunda metade do ano. Para isso, a gente precisa que esses projetos tenham a tramitação com uma boa velocidade”, aponta ele.

    Privatização de Cemig e Copasa exige referendo
    Para privatizar Cemig e Copasa, o governo Zema terá que desengavetar a proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023. De autoria do próprio Palácio Tiradentes, a PEC põe fim à obrigatoriedade de realizar referendos populares antes de privatizar estatais de “distribuição de gás canalizado, de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica ou de saneamento básico”.

    Simões voltou a defender a aprovação da PEC 24/2023. “Para nós, continua fazendo mais sentido para o povo de Minas Gerais que a exigência do referendo seja retirada da Constituição, mas, se a ALMG concluir ao longo dos próximos meses que é melhor aprovar a privatização e submeter a referendo, nós estamos prontos para isso. Nós já consultamos o Tribunal Regional Eleitoral. É um custo relevante, mas é um custo que a gente está pronto para enfrentar se for necessário”, acrescentou ele.

    Caso a PEC 24/2023 não seja aprovada, o governo Zema terá que realizar um referendo popular para que a população avalize a privatização de Cemig e Copasa. Além de pôr fim à consulta, a matéria, que está parada na Comissão de Constituição e Justiça há mais de um ano, acaba com a exigência de quórum qualificado na ALMG para privatizar as estatais. A desestatização exige o voto favorável de 39 dos 77 deputados estaduais. O quórum simples é a maioria dos presentes.

    O referendo foi incorporado à Constituição do Estado em 2001 por uma emenda de autoria do então governador Itamar Franco (1999-2002). À época, a PEC, endossada por todos os deputados, foi uma resposta ao ex-governador Eduardo Azeredo (1995-1998), que havia vendido 33% das ações ordinárias da Cemig. Até Itamar reverter o acordo na Justiça, os investidores tinham poder de veto, e, consequentemente, influência nos rumos da estatal.

    Privatização chega à ALMG antes de aprovação do Propag
    Simões levou as propostas de privatização da Cemig e da Copasa para a ALMG em meio às tramitação do Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados junto à União (Propag) no Congresso Nacional. Encabeçado pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), potencial adversário do vice-governador em 2026, o Propag prevê a federalização de estatais como contrapartida para abater parte da dívida dos Estados com a União.

    Para a oposição a Zema na ALMG, as propostas de privatização vão de encontro ao Propag. “Ao transformar dois bens públicos essenciais em mercadorias, Zema coloca, mais uma vez, o governo a serviço dos interesses privados, ignorando as necessidades da população. Uma lógica perversa, que coloca os lucros acima da dignidade humana e do acesso universal a serviços básicos, um direito fundamental que precisa ser garantido a todos”, critica o bloco.

    Porém, segundo o governador em exercício, a participação do Estado de Minas Gerais na Cemig, por exemplo, pode ser federalizada, ou seja, transferida para a União, mesmo após a transformação em corporation. “O Estado permaneceria, inclusive, como sócio, até viabilizando a federalização dessa participação para o governo federal para o futuro”, garante Simões. No caso da Copasa, a privatização inviabilizaria a federalização.

    Aprovado pelo Senado em agosto passado, o Propag está parado desde que foi recebido no mesmo mês pela Câmara dos Deputados. A Casa Baixa até chegou a aprovar a urgência para a tramitação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 121/2024, mas o presidente Arthur Lira (PP-AL) sequer designou um relator. Em meio às discussões para a sucessão de Lira na Câmara, não há previsão para que a matéria caminhe.


    Com informações com o Jornal O Tempo

    Foto: Flávio Tavares/O TEMPO

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  • Servidores protestam na ALMG contra PEC da privatização da Copasa


    Milhares de funcionários ocuparam auditório e hall principal durante audiência pública que discute a venda da estatal mineira

    Milhares de funcionários da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) lotaram, nesta quarta-feira (22/10), o Auditório José Alencar e o hall principal da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em protesto contra a proposta do governo Romeu Zema (Novo) que prevê a privatização da companhia de saneamento. O ato ocorre durante uma audiência pública promovida pela Comissão de Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, que debate os impactos da medida.


    A mobilização faz parte da campanha dos sindicatos Sindágua-MG e Sindieletro-MG contra a PEC 24/2023, que revoga da Constituição mineira a obrigatoriedade de consulta popular, por meio de referendo, antes da venda de estatais. De acordo com os sindicatos, aproximadamente 6 mil trabalhadores da Copasa de várias regiões do estado se reúnem na Assembleia, além de vereadores de Belo Horizonte.


    Com cartazes e gritos de contra a privatização, os trabalhadores manifestaram preocupação com os efeitos da privatização no abastecimento de água, sobretudo em regiões mais pobres e secas do estado. Segundo o Sindágua-MG, a entrega da Copasa à iniciativa privada pode ampliar desigualdades no acesso ao saneamento básico, já que empresas tenderiam a evitar áreas menos rentáveis.

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