Em uma cerimônia marcada por emoção e reconhecimento, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou, nesta segunda-feira (15), a entrega dos diplomas de votos de congratulações a representantes do Candomblé. A iniciativa foi fruto da atuação e requerimento da deputada estadual Andréia de Jesus (PT), que destacou a importância da valorização e preservação das tradições de matriz africana em Minas Gerais.
O ato teve como objetivo homenagear lideranças e casas de Candomblé pelas suas inestimáveis contribuições para a preservação, valorização e transmissão da cultura afro-brasileira. Em seu pronunciamento, a deputada ressaltou que o reconhecimento não se trata apenas de uma homenagem, mas também de uma afirmação do papel histórico e cultural que o Candomblé exerce na construção da identidade mineira e brasileira.
A cerimônia contou com a presença de autoridades, parlamentares, lideranças religiosas e representantes da sociedade civil. Para a deputada, o momento simboliza a luta contra o racismo religioso e reafirma o compromisso da ALMG com a diversidade cultural e religiosa do Estado.
A emoção tomou conta da cerimônia também com as falas das lideranças presentes. A ialorixá Makota Celinha destacou a importância do respeito às religiões de matriz africana e fez um desabafo marcante: “Queríamos estar tomando água de coco em Copacabana, não em uma manifestação com faixa dizendo que temos direito a rezar.”
“É uma forma de reconhecer publicamente o legado de resistência, sabedoria e espiritualidade que o Candomblé representa, garantindo que as futuras gerações compreendam e respeitem a riqueza dessa tradição”, afirmou Andréia de Jesus.
A entrega dos diplomas reforça o papel da Assembleia Legislativa de Minas Gerais como espaço de diálogo e valorização da diversidade cultural do Estado. A iniciativa da deputada Andréia de Jesus evidencia que reconhecer o Candomblé é também afirmar a luta contra o racismo religioso e garantir que a liberdade de fé seja respeitada como um direito fundamental de todas e todos.