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Educação

A comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou mais duas visitas técnicas, nesta segunda-feira (18), em escolas de Justinópolis, em Ribeirão das Neves. Pais de alunos, professores e diretores lamentam o fechamento de vagas de tempo integral, o que teria deixado centenas de famílias desamparadas.

A primeira escola a receber a presidente da comissão, deputada Beatriz Cerqueira (PT), e a deputada Andréia de Jesus (PSOL) foi a Escola Estadual Francisco Labanca, que oferece as séries de 1º ao 5º ano do ensino fundamental e tem hoje 600 alunos. Até ano passado, havia quatro turmas e 120 vagas de tempo integral que este ano, com o novo governo do Estado, foram cortadas sumariamente, de acordo com o diretor Carlos Eduardo Moreira.

Mães de alunos relataram o drama de não poder contar mais com o ensino de tempo integral na Francisco Labanca. A doméstica Maria do Socorro Lopes dos Reis, que trabalha em Belo Horizonte, agora tem que pagar uma pessoa para ficar em casa com o filho Davi, de 8 anos, e tem que levar a filha menor com ela, para o trabalho. "Aqui ele tinha atividades variadas, aula de música e uma boa alimentação, agora está todo desregulado, não tenho como pagar outras atividades para ele fora da escola", lamentou.

Deputadas Beatriz Cerqueira e Andréia de Jesus - Foto: Luiz Santana / ALMG

O diretor Carlos Eduardo Moreira diz que já enviou pedidos à Secretaria de Estado de Educação (SEE), para a volta do projeto, mas infelizmente não obteve resposta. Assim, não haveria, até o momento, nenhuma perspectiva de que as turmas de tempo integral sejam retomadas em 2020.

O diretor da unidade também pediu ajuda das deputadas para que a comunidade escolar seja ouvida pela Secretaria de Educação, antes da tomada de decisões. "A intenção do governo pode ser boa, mas tem que ouvir as pessoas que estão aqui no dia-a-dia, para saber das reais necessidades delas", enfatizou.

A deputada Andréia de Jesus, que é moradora de Neves, destacou que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município já é baixo e que, com o corte nas vagas de tempo integral, a situação tende a piorar. "Quando a criança deixa de frequentar a escola, ela corre risco de vida. Há 30 anos não se constrói nenhuma nova escola pública no município, só se constróem presídios aqui", disse ela, referindo-se aos altos índices de criminalidade e mortalidade da juventude, principalmente entre os negros e mais pobres.

Município também corta vagas nas creches

A segunda instituição visitada foi a Escola Municipal Jandir Clemente Rocha, também em Justinópolis. A instituição, que atende a 340 crianças de 0 a 5 anos, tinha várias turmas de tempo integral até 2017, tanto no berçário quanto no maternal. Hoje restaram apenas duas turmas de bercário integral, com 24 alunos cada.

Para trabalhar a sustentar a família, a vendedora Elizabeth Palmeira passou a deixar a filha de 4 anos com a sogra, já idosa. "Muitas mães param de trabalhar, porque não têm onde deixar as crianças, mais aí, sem trabalhar, elas também não têm como cuidar dos filhos", disse, emocionada.

A superintendente municipal de ensino de Neves, Marisa de Resende, explicou que a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 2016, obrigou os municípios a ofertarem ensino público para as crianças de 4 a 5 anos. Com a situação financeira precária, sem os repasses regulares de verbas do Estado, a administração municipal teve que cortar as turmas de ensino integral das creches.

Foto: Luiz Santana / ALMG

A situação, que já era precária, pode piorar ainda mais, admitiu a superintendente, com a decisão do governo do Estado de municipalizar o ensino fundamental. Algumas escolas estaduais localizadas na cidade já não estão recebendo mais matrículas para o 1º ano do fundamental.

Segundo ela, serão, no mínimo, 1.400 crianças da rede estadual, que agora deveriam ser matriculadas na rede municipal. "Nós não temos nenhuma condição de atender mais essas crianças. O Estado está forçando os municípios a assumirem uma coisa que eles não conseguem de jeito nenhum", lamentou a superintendente.

A deputada Beatriz Cerqueira alertou à superintendente e à comunidade que é preciso mais mobilização das prefeituras, para evitar um caos ainda maior. "O governo está querendo passar a responsabilidade de todo o ensino fundamental para os municípios, não só das séries iniciais", afirmou a parlamentar.

Beatriz Cerqueira lembrou que já foram realizadas audiências públicas para discutir o assunto, e enviados diversos requerimentos e pedidos de providências ao governo do Estado. "Nós do Legislativo estamos fazendo a nossa parte, mas os municípios precisam reagir também, porque a situação é muito grave", concluiu.

Audiência

As atividades fazem parte de uma série de visitas requeridas pelas deputadas Beatriz Cerqueira e Andréia de Jesus após uma audiência realizada na Câmara Municipal de Ribeirão das Neves, em setembro, que tratou de problemas relacionados à educação no município.

Deputadas Beatriz Cerqueira e Andréia de Jesus - Foto: Luiz Santana / ALMG

 

Com informações da ALMG.

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A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou, nesta terça-feira (10), audiência pública em Ribeirão das Neves. Por mais de cinco horas, as deputadas Beatriz Cerqueira (PT) e Andréia de Jesus (PSol) ouviram reclamações de moradores, professores e estudantes do município sobre questões que vão além das educacionais.

A deputada Andreia de Jesus destacou que Ribeirão das tem um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) bem abaixo da média do Brasil e um dos piores números no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do País. A principal fonte de renda da cidade, segundo a parlamentar, ainda vem do complexo penitenciário ali localizado.

Investir mais em educação seria, na opinião das deputadas e dos moradores presentes, a saída para reverter a maioria dos problemas sócio-econômicos do município. "Educação pública gratuita, integral e de boa qualidade é a resposta para reverter a situação de exclusão vivida pela população de Ribeirão as Neves", afirmou Andreia de Jesus, que também é educadora, viveu e trabalhou por muitos anos na cidade.

Foto: Guilherme Bergamini / ALMG

No entanto, os relatos feitos durante a audiência apontam que vem sendo feito o contrário: este ano a Prefeitura cortou ensino integral nas creches, deixando milhares de mães sem ter onde deixar seus filhos; as salas de aula estão superlotadas; os profissionais de educação da cidade estão sem aumento salarial há mais de três anos e, tanto os municipais quanto os da rede estadual, nunca receberam o piso nacional, definido pela Lei 11.738, de 2008, segundo a professora e uma das representante do Sind-Ute na reunião, Marcelle Amador.

Também gerou críticas o fato de que a Prefeitura teria contratado uma empresa de consultoria para elaborar o plano de carreira dos profissionais da educação. O vereador Vanderlei Delei (PTC), presente à reunião, disse que também repudia o que chamou de "terceirização do plano de carreira". O vereador citou, ainda, escolas dos bairros Monte Verde e Belvedere onde a evasão escolar no ensino médio seria "gigante".

Para Andréia de Jesus, escolas funcionando em prédios adaptados e de difícil acesso também são questões que violam os direitos humanos e provocam evasão dos alunos. Ela e a presidente da comissão, Beatriz Cerqueira, foram as autoras do requerimento que deu origem à audiência.

A deputada Beatriz Cerqueira anunciou vários requerimentos, por novas audiências e visitas no município, que deverão ser aprovados nos próximos dias. "Esta audiência cumpriu sua finalidade que era primeiramente ouvir as demandas dos moradores e principalmente dos educadores, que não têm sido ouvidos, mas nossa luta em defesa da educação é permanente", afirmou.

Foto: Guilherme Bergamini / ALMG

Outro assunto tratado na audiência, que foi o funcionamento do Instituto Federal de Educação de Ribeirão das Neves, deve motivar uma visita técnica nos próximos dias, segundo Beatriz Cerqueira.

A ausência do prefeito Junynho Martins (PSC) foi muito criticada durante a audiência. A secretária-adjunta de Educação, Soraia Fernandes de Oliveira, disse que a secretaria "não vai se esquivar de resolver os problemas que foram colocados na audiência".

Ela admitiu que as creches do município agora funcionam somente em meio período, para as crianças acima de três anos; tempo integral só estaria mantido para as classes de maternal. Dolores Alves negou, no entanto, que o município esteja esvaziando as séries finais do ensino fundamental ou tentando acabar com a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Com relação às falhas na infraestrutura das escolas e ao não cumprimento do piso salarial dos professores, a subsecretária alegou dificuldades financeiras do município, pela falta de repasses do Estado. Sobre o plano de carreira dos profissionais, ela garantiu que a empresa contratada vai apenas dar suporte, mas que os servidores da educação serão também escutados na elaboração do plano.

Já a superintendente regional de ensino da Superintendência Metropolitana C, Gláucia Cristina Pereira dos Santos, garantiu que não há projeto de municipalização de escolas da cidade, outro assunto que suscitou polêmica na audiência. Ela disse que, entre as 55 escolas estaduais do município, apenas seis turmas foram fundidas, e que o número de alunos em sala obedece ao estabelecido por lei.

Atualização: informamos anteriormente, de forma erronea, que as críticas da categoria teriam sido por uma contratação de "empresa de consultoria, terceirizada, para elaborar o plano de carreira dos profissionais da educação, por um valor de R$ 10 milhões". No entanto, o custo da consultoria para executar tal serviço, segundo a Prefeitura, é de R$ 150 mil. Pelo flagrante equívoco, pedimos honestas desculpas a todos os nossos leitores.

 

Com informações da ALMG.

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Sem previsão de receber os recursos orçamentários contingenciados pelo Ministério da Educação e buscando reduzir os impactos da grave situação financeira que enfrenta sobre suas atividades básicas, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) decidiu suspender o andamento de parte das ações geridas pela Pró-reitoria de Extensão.

Segundo o IFMG, a decisão, comunicada nesta semana aos campi, afeta a realização do Encontro Esportivo, o maior evento intercampi da instituição, e paralisa o andamento de três editais, lançados em março, cujos resultados já foram homologados e estavam com previsão de início da execução financeira para setembro. Com as medidas, cerca de R$ 750 mil deixarão de ser investidos em programas de extensão que beneficiariam diretamente alunos e comunidade externa. Em Ribeirão das Neves, os projetos "APPlicando Ideias" e "Clube do Livro" passam a ter sua realização comprometida.

"É difícil mensurar o tamanho do impacto da suspensão dessas ações, tendo em vista o benefício social e econômico dos projetos, eventos e cursos propostos nos editais, assim como a suspensão do Encontro Esportivo, que era o maior evento planejado para o Instituto este ano. Além disso, perde-se um grande esforço que foi empreendido pelos proponentes de ações e os meses de planejamento e organização dos servidores da Proex", afirmou o pró-reitor de Extensão, Fernando Braga.

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A Cidade dos Meninos divulgou, nesta quinta-feira (29), informações sobre a abertura do Processo Seletivo para entrada de alunos em 2020. O edital completo está disponível aqui.

De acordo com a instituição, as inscrição serão aceitas até 7 de novembro, pelo telefone (31) 3614-9113 ou presencialmente no Núcleo de Acolhimento e Saúde da instituição.

O público alvo é voltado para estudantes de 11 a 16 anos, regularmente matriculado a partir do sexto ano do Ensino Fundamental interessados em estudar na escola de ensino integral da Cidade dos Meninos.

O Processo Seletivo é composto por uma palestra institucional, avaliação social e entrevista familiar, avaliação psicológica, avaliação diagnóstica de aprendizagem, e, por último, uma redação.

Os regimes disponibilizados pela instituição neste Processo Seletivo são de Internato (de domingo, às 17h, a sexta-feira, às 19h) e Semi-internato (diariamente, de 6h20 às 19h).

A Cidade dos Meninos oferece ensino fundamental e ensino médio, cursos profissionalizantes e curso técnico, programa jovem aprendiz, além de atendimento odontológico, psicológico e social, e atividades culturais, de formação moral, de lazer e recreação e esportivas.

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A Prefeitura de Ribeirão das Neves, por meio da Secretaria Municipal de Educação, divulgou as informações para cadastramento de alunos para as creches municipais para o próximo ano.

De acordo com a administração municipal, devem ser inscritos as crianças de 4 meses a 3 anos e 11 meses de idade na escola infantil mais próxima da sua residência no período de 9 a 21 de setembro de 2019. Vale destacar que cada criança deverá ser inscrita em uma única escola.

Para a efetuar a inscrição, pais e/ou responsáveis devem ter em mãos os seguintes documentos: Certidão de Nascimento ou Carteira de Identidade da criança; Documento de identidade do responsável; Original e cópia de um comprovante de endereço atualizado em Ribeirão das Neves, em nome de um dos responsáveis pela criança; Documento de Guarda Judicial da criança, se for o caso; Documentos que comprovem vaga compulsória ou vulnerabilidade.

Caso não seja possível apresentar o comprovante de residência em nome do responsável, será aceito o contrato de aluguel, bem como declaração do posto de saúde ou do CRAS.

Informações na Secretaria Municipal de Educação pelo telefone (31) 3627-4067.

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Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores. As opiniões neles emitidas não exprimem, necessariamente, o ponto de vista do RibeiraoDasNeves.net.

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